- macenadoctor
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Data de inscrição : 27/05/2021
Doenças do esôfago
Sáb Set 11, 2021 12:02 pm
- Tipos:
Disfagia
1/3 superior- distúrbio de tranferência- m. estriado- engasgo- neuro
2/3 inferiores- distúrbio de condução- m. liso (autonômico)- entalo- gastro
Dispepsia (esfíncter esofagiano inferior)
Esôfago- pirose
Estômago- azia
- Distúrbios motores- doenças da peristalse:
- Acalásia:
Meissner inerva a submucosa
Auerbach inerva o mioentérico
Acalásia primária: idiopática, crê-se na possibilidade de acometimento do sistema nervoso autonômico
Acalásia secundária: Chagásica
Acalásia primária é mais comum
Clínica: disfagia de condução e perda de peso (ddx: câncer de esôfago)
Se evolução por anos é acalásia, se agudo é CA.
Diagnóstico: esofagomanometria
Veja que quando chega no EEI o esfíncter não consegue diminuir muito a pressão, então não é bem feita a passagem.
Note que no terço superior está tudo normal porque é trabalho do músculo estriado.
Na acalásia o EEI está em hipertonia.
a-não
calásia- relaxamento
2- endoscopia (afastar CA)
3- esofagografia baritada (bico de pássaro/ chama de vela)
Tratamento (classificação de Mascarenhas/Rezende):
I- Esôfago normal < 4 cm - Nitrato, nifedipina/botox (toxina botulínica por endoscopia)
II- Megaesôfago 4-7 cm - dilatação pneumática por balão
III- Megaesôfago 7-10 cm- Miotomia a Heller +/- fundoplicatura - melhor tratamento
IV- Dolicomegaesôfago (ou esôfago sigmoide) > 10 cm- esofagectomia- tentar fazer uma minimamente invasiva- s/ linfadenectomia
- Espasmos esofagiano difuso:
- Patogenia: Contrações simultâneas, vigorosas e longas
Doença idiopática
Clínica: disfagia de condução e precordialgia (ddx: IAM)
Essa disfagia costuma ser em situações de estresse ou alguns alimentos específicos
Pede enzimas cardíacas e eletro
Investigação ambulatorial
Diagnóstico:
1- esofagomanometria- lembrando que o paciente precisa de um teste provocativo com betanecol
Vigorosas (Pressão > 120 mmHg)
Longas (t > 2,5 s)
2- endoscopia (normal)
3- esofagografia baritada (em saca-rolhas)
Tratamento: ansiolíticos, nitratos/nifedipina e dilatação
Miotomia longitudinal (corta tudo e fica frouxo)
- Doença do refluxo (DRGE):
- Patogenia: perda dos mecanismos antirrefluxo (hipotonia ou relaxamento espontâneo)
Clínica:
Típicos: pirose + regurgitação (esofágicos)
Atípicos: tosse, rouquidão, broncoespasmo, PNM (mecanismos extraesofágicos)
Diagnóstico:
1) prova terapêutica (2 semanas): trata e se der certo deu
2) phmetria 24 horas (dúvida)
Existe a Impedanciometria -> refluxo não ácido aí acaba sendo melhor que a phmetria
3) endoscopia (complicações ou alarme)
Anemia- Odinofagia
Perda de peso - icterícia
Disfagia - Idade ≥ 45 anos (varia conforme a referência)
Tratamento:
Medidas antirrefluxo: dieta, elevar cabeceira, perder peso, não comer 2-3 h antes de deitar
IBP (inibidor de bomba de prótons) - 1x/d - 8 semanas: azóis
Ele retorna na segunda semana, se não tiver melhorado aí dobra a dose
Se a dose não melhorar mesmo com a dose dobrada aí é refratário
Tratamento cirúrgico:
Indicações: refratário (não responde ao IBP), recorrente (não vive sem IBP) e complicado (estenose/ úlcera).
Barrett não é indicação de tratamento cirúrgico.
Exames pré-operatórios:
1) phmetria 24h (para confirmar)
2) esofagomanometria (escolher técnica)
Técnica:
- Total (manometria = normal)- NISSEN válvula de 360 º
Parcial (manometria = dismotilidade)
Anterior: Dor e Thal
Posterior: Lind e Toupet
Quer ficar lindão? Joga o topete pra trás
Lind e Toupet- posterior
- Esôfago de Barrett:
- Definição: Metaplasia intestinal (escamoso -> cilíndrico)
Clínica: Assintomático
Diagnóstico: EDA (endoscopia digestiva alta)- vermelho salmão
Tratamento:
Sem displasia -> EDA 3-5 anos
Displasia baixo grau -> EDA 6-12 meses; pode ser feita ressecção endoscópica
Displasia alto grau (parece um adenocarcinoma in situ aí tratamos como se fosse) -> ressecção/ablação endoscópica
Adenocarcinoma invasivo -> esofagectomia
- Câncer de esôfago:
Escamoso- pelo epitélio pavimentoso estratificado do esôfago
Adenocarcinoma - na parte mais distal do esôfago é cilíndrico, aí pode ser um câncer oriundo de epitélio cilíndrico que é o adenocarcinoma
Escamoso - tabagismo e etilismo, HPV acalásia (Chagas)
Adenocarcinoma - (devido principalmente à volta do ácido gástrico) DRGE, Barrett e obesidade.
O EScamoso é mais por fatores de riscos EXternos.
Clínica: Disfagia de condução + perda de peso
ddx com acalásia porque o CA é mais agudo
Diagnóstico: EDA + Biópsia
Pode ser feita esofagografia (imagem de maçã mordida)
Estadiamento: USG endoscópica
T1a- Mucosa
T1b- Submucosa
T2- Muscular
T3- Adventícia
T4a- Adjacentes ressecáveis
T4b- Adjacentes irressecáveis (pulmão por exemplo)
Tratamento:
T1a: Só retira a mucosa- mucosectomia EDA
> T1b: esofagectomia +/- QT e RT neoadjuvante
T4b ou M1: Paliação
Os capilares linfáticos estão após a submucosa, por isso a gente não faz esofagectomia
Só fazemos QT e RT quando não há peritônio contaminado porque quando há a RT inflamam alças do delgado e formam enterite actínica.
Existem dois tipos de esofagectomia: transtorácica (incisão no pescoço, tórax e barriga porque vamos usar o estômago para substituir o esôfago) e trans-hiatal (incisão na barriga e no pescoço, puxamos o esôfago pela incisão, corta e depois puxa o estômago para colar no esôfago.
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