- macenadoctor
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Mecanismo de parto e assistência clínica ao parto
Qua Set 29, 2021 6:22 pm
- Estática fetal:
- Atitude: é a relação das partes fetais entre si. Na posição normal é a ovoide fetal, uma flexão mais generalidade
Situação: coluna do feto em relação à coluna da mãe. A melhor é a situação longitudinal, se o bebê ficar na transversa precisamos saber se não há algo impedindo que ele fique na longitudinal. Há a oblíqua que é transitória
Posição: relação de dorso fetal com o lado da mãe.
Apresentação: polo que desce 1º na pelve (cefálico quando é a cabeça que tá pra baixo)- a cabeça normalmente tá pra baixo porque é mais pesada; em prematuros, é possível isso não acontecer. Existe apresentação cefálica, pélvica e córmica
Fletida ou occipital: quando tocamos o lambda (fontanela triangular). Independente de tocar o bregma ou não, continua sendo fletida
Deflexão:
1º grau ou bregma: bregma
2º grau ou fronte: glabela
3º grau ou face: mento
A defletida de 2º é a pior prognóstico e para alguns autores é indicação de cesárea.
Sinclitismo: cabeça tá simétrica, sem lateralização
Assinclitismo: cabeça tá assimétrica, então tá pro lado. Sutura sagital mais perto do pube é posterior; sutura sagital próxima ao sacro é anterior.
Variedade de posição: pontos de referência entre apresentação fetal e pelve
Pélvica: referência -> sacro
Córmica: referência -> acrômio
- Bacias:
Ginecoide: arredonda, mais favorável e mais comum
Androide: forma triangular-> mais distócia
Platipeloide: forma achatada e ovalada-> mais rara
Antropoide: maior diâmetro é o anteroposterior
Dá pra medir a diagonalis, o tamanho da obstétrica é o tamanho da conjugata diagonalis -1,5 cm
Esperamos a obstétrica pelo menos de 10,5 cm
No estreito médio vamos buscar pelas espinhas isquiáticas
E ele quem define o ponto 0 de DeLee
Ideal é maior que 10 cm.
- Cesárea:
- Indicações absolutas:
Desproporção céfalo-pélvica absoluta
Placenta prévia total
Herpes genital ativo
Apresentação córmica e defletida 2º
Cesárea clássica (incisão corporal)
Condiloma -> se obstruir canal
A técnica para realização de cesáreas é Pfannenstiel e para extração fetal usamos a manobra de Geppert
- Tempos do parto:
- Tempos principais:
Insinuação
Descida
Desprendimento
Restituição*(essa não é aceita por todos os autores)
Tempos acessórios:
Flexão -> insinuação
Rotação interna -> descida
Deflexão -> desprendimento
Desprendimento dos ombos -> restituição
- Amniorrexe prematura:
- Diagnóstico: exame especular (padrão-ouro)
Teste da nitrazina: ↑ pH (sangue, sabão, sêmen e secreção podem dar falso-positivo)
Teste da cristalização (RPMO há cristalização)
AmniSure (pesquisa da alfa microglobulina placentária)
USG (oligodramnia)
Conduta:
Corioamnionite: Tax > 37,8ºC + 2 (leucocitose + taquicardia + útero doloroso + líquido fétido) -> sempre faz parto
Ausente infecção ou sofrimento fetal agudo:
- 24-34 semanas: corticoide (12 mg IM betametasona 2 doses) + antibiótico (ampi 2g IV 6/6h por 48h + azitro 1g VO seguida por amoxi 500 mg 8/8 por 5 d)
- > 34 semanas: parto + profilaxia para GBS
Dificilmente uma literatura vai defender tocólise em bolsa rota, aí os antibióticos usados vai aumentar o tempo de latência e diminui a chance de infecção.
Indução de parto (BISHOP)
BISHOP: Colo (dilatação, apagamento, posição e consistência) + altura (De Lee)
Ocitocina: BISHOP ≥ 9
Misoprostol: BISHOP < 9
Cicatriz uterina não pode usar misoprostol
Krause: prepara o colo com sonda de Foley
- Trabalho de parto prematuro:
- Diagnóstico: Contrações regulações (≥ 2 em 10 min) + dilatação progressiva (> 1 a 2 cm ou apagamento 80%) < 37 semanas
*na dúvida: observar + tempo e teste de fibronectina
Fatores de risco: Prematuro anterior, fatores cervicais (ex Incompetência istmo cervical), anemia, desnutrição, infecção, gemelar
Conduta:
- 24-34 semanas: corticoide: betametasona ou dexametasona
Tocólise: nifedipina (VO, barata, ótimo tocolítico), indometacina (inibidor da COX, não pode usar > 32 semanas), beta agonista (muito efeito colateral, taquicardia, edema agudo de pulmão) ou atosiban
Neuroproteção: sulfato de magnésio < 32 semanas
- > 34 semanas: parto + avaliar profilaxia para GBS
- Alterações do partograma:
- Fase ativa prolongada: Dilatação < 1cm/h-> chance alta de discinesia uterina
Fase ativa prolongada: quando tá demorando muito pra evoluir, até já toca as linhas de alerta
Parada secundária da dilatação: Dilatação mantida em 2 h -> desproporção céfalo-pélvica
Parada secundária da descida: Expulsivo: altura mantida por 1 h
Período pélvico prolongado: Expulsivo: descida lenta (mas não parou)
Parto precipitado (taquitócito): dilatação, descida e expulsão < 4 h -> risco de laceração, atonia uterina
- Assistência clínica:
- Fases clínicas:
- Dilatação (1º): é quando começa o TP;
Colo -> 3/4 cm com dilatação progressiva
Contrações -> 2/3 por 10 min., rítmicas e regulares
Conduta: dieta: líquidos claros (água, chás)
Tricotomia: não/ só na hora da incisão em caso de cesárea
Amniotomia: não fazer rotina
Nº de toques: a cada 1 ou 2 horas
Ausculta BCF: antes/ durante/após contração se baixo: 30/30 min
CTG não é rotina em baixo risco
Expulsivo (2º): após dilatação total
Conduta: a melhor posição é a vertical, mas quem decide é a paciente
Proteção: Ritgen modificada
Episiotomia: avaliar: feto grande, fórcipe...
Tipos de episiotomia:
- Mediana: < lesão muscular, < sangramento e dor
- Medio-lateral: < risco de rotura 3º / 4º
Secundamento (3º): Saída da placenta
Schultze e Duncan
Manobras auxiliares:
- 10 U ocitocina IM pós expulsão fetal
Tração controlada do cordão
Manobra de Fabre-> avalia se já descolou
Manobra de Jacob-Dublin -> após sair
4º período: 1ª hora após secundamento
Hemostasia:
- Miotamponagem
- Trombotamponagem
Manobra de McRoberts é feito em distócia do ombro
Distócia de ombo: chama ajuda + manobra de McRoberts + pressão supra púbica
Não fazer Kristeller
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