- macenadoctor
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Data de inscrição : 27/05/2021
Amniorrexis prematura
Ter Ago 10, 2021 9:12 am
- Definição:
- Rotura das membranas antes do início do trabalho de partor
Antes do termo: rotura prematura das membranas pré-termo
Período de latência: período entre a rotura e o parto
Amniorrexis no início do trabalho de parto até 6 cm: amniorrexis precoce
Amniorrexis 6-8 cm: amniorrexis oportuna
Amniorrexis > 8 cm: tardia
- Incidência:
- 3-15% de todos os nascimentos
8-10% das gestantes de termo têm RPM
RPM responsável por 20-40% de todos os prematuros
RPM mais frequente em populaçãoes de baixo nível socioeconômico (altos índices de DST)
- Função do líquido amniótico:
- Proteção fetal contra traumas e compressão do cordão umbilical
Movimento corpóreo-> leva ao desenvolvimento neuromuscular
Inspiração-expiração -> desenvolvimento pulmonar
Contenção do líquido amniótico e barreira protetora
As membranas protegem contra a ascensão de bactérias da vagina
Protege contra prolapso do conteúdo intraútero, como cordão saindo do colo
- Etiologia:
- Fatores de risco: Tabagismo: favorecimento de infecções e aumento de fatores inflamatórios
Sangramento genital: alta correlação e alteração estrutural
Hiperdistensão uterina- aumento tensional nas membranas (gemelaridade, macrossomia, polidrâmnio)
Baixo nível socioeconômico- infecções genitais e alterações nutricionais
Procedimentos obstétricos- ciclagem, amniocentese e fetoscopia
Infecções genitais:
Gardnerella vaginalis
Bacteroides sp.
Streptococcus grupo B
Mycoplasma hominis
Neisseria gonorrhaea
Escherichia coli
Peptostreptococcus sp.
Hipovitaminose C
- Hidroxiprolina componente do colágeno
- Vitamina C fator síntese hidroxiprolina
Trabalho de parto prematuro anterior
RPM anterior
Deficiência alfa-1-antitripsina
Síndrome de Ehlers-Danlos- devido alteração do colágeno
- Fisiopatologia:
- Citocinas numa infecção liberam IL-6 e 8 e desenvolvem colagenases que irão ocasionar a rotura das membranas
- Diagnóstico:
- Clínico- 90%
Mudança de pH- fenol ou papel de nitrazina
Teste de cristalização
Pesquisa de células fetais (células orangiófilas)
Surgem/aumentam após 34 semanas
USG- Não exclui diagnóstico
Amniosure- teste imunocromatográfico qualitativo rápido
Detecta a proteína alfa-1- microglobulina placentária 1 (PAMG-1).
- Clínica- consequências:
- Desencadeamento do trabalho de parto
Termo: 90% em 24 horas
- 28-34 semanas: 50% em 24 horas; 80-90% em 1 semana
- <26 semanas: 50% em 1 semana
Mortalidade perinatal
Prematuridade
Infecções materna e fetal
Hipóxia fetal
Cesáreas- distocias são mais frequentes: dilatação, funcionais e vícios de posição fetal
Deformidades fetais
Hipoplasia pulmonar; Síndrome da membrana hialina
Prematuridade:
Síndrome do desconforto respiratório
Hemorragia intraventricular
Enterocolite necrotizante
Infecções
Infecções
Materna
Infecção intra-amniótica
Todas as gestações: 0,5-1%
RPM prolongada: 3-15%
Quanto mais precoce, maior a incidência: < 24 semanas- 40%
Neonatal
Sepse: no termo 1/500
RPM prolongada: 3-5%
Maior incidência quanto menor IG
Maior incidência na RPM
Hipóxia fetal
Compressão do cordão umbilical (8,5%)
- Oligodrâmnio
- DIP III (umbilical)
- Natimorto não explicáveis
Perfil biofísico fetal
- Diminuição da movimentação respiratória quando infecção
- Conduta:
- USG- estima IG, crescimento e peso fetais, malformação fetal e Volume de líquido amniótico residual
- 22-24 semanas:
- Internação
Prognóstico ruim
Avalia sinais de infecção e início do trabalho de parto- febre, hemograma 2x/semana e presença de contrações
Avalia estado fetal- biometria fetal 15/15d, percepção de movimentos fetais pela mãe e ausculta de BCF 2x/sem
Repouso estrito no leito: evitar coito vaginal, antibioticoterapia, sem tocólise, sem corticoterapia
Quanto mais líquido amniótico, melhor o prognóstico.
- 24-34 semanas:
- Internação
Controle clínico
Hemograma (pode haver leucocitose transitória pela corticoterapia)
Vitalidade fetal (taquicardia fetal, sofrimentofetal)
Culturas
ATB
Repouso no leito (permite ir ao banheiro)
Curva térmica 4/4h
Hidratação oral 3-4L/d
Observar contratilidade uterina
Hemograma 2x/sem
Hemossedimentação e PCR quando possível
Evitar a realização do toque, exceto se a termo
- Avaliação do estado fetal:
- Ausculta BCF 2-3x/d
Contagem de movimentos fetais pela mãe 2x/d (após almoço e jantar)
Cadiotocografia basal diária ou no mínimo 2x/sem
Perfil biofísico fetal diário para gestantes com ILA < 5cm e 2x/sem. para gestantes com ILA > 5 cm
Avaliação de volume do líquido amniótico por ecografia 2/2d
Hidratação oral 3-4L/d
- Antibioticoterapia- Ministério da Saúde:
- Reduzem risco infeccioso
Melhoram resultados perinatais
Vários esquemas propostos: antibiótico derivado da penicilina + macrolídeo (por 7 dias)
Ampicilina 2g (IV) 6/6h por 48h seguida por 5d de amoxicilina 500mg VO 8/8h ou 875mg VO 12/12h e azitromicina 1g VO em dose única
- Corticoides:
- Betametasona 12mg IM /d por 2 dias OU
Dexametasona 6mg IM 12/12h por 2 d
Indicações IG 24-34 semanas
Contraindicação em evidência de infecção e/ou parto iminente, hipersensibilidade à droga
- Diagnóstico infecção intra-amniótica:
- Hipertermia > 37,8ºC
Útero doloroso
Odor vaginal desagradável
Taquicardia materna > 100 bpm
Taquicardia fetal (>160 bpm)
Leucocitose > 15.000 células/mL
Elevação sustentada progressiva dos leucócitos
PCR
Fluxo anormal pela cérvix ao exame especular
- Indicações de interrupção da gestação:
- Alteração da vitalidade fetal
Diagnóstico infecção intra-amniótica
Trabalho de parto espontâneo
IG: 34 semanas
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